Autenticidade: A Base de Relacionamentos Sólidos
A autenticidade no trabalho significa ser congruente entre o que se pensa, o que se sente e o que se diz ou faz. É expressar ideias e opiniões de forma honesta, mesmo que não sejam populares, e assumir a responsabilidade por acertos e erros. Quando um líder ou colaborador age com autenticidade:
* A comunicação se torna clara e direta: Não há necessidade de “ler nas entrelinhas” ou decifrar agendas ocultas. As mensagens são compreendidas como são, reduzindo mal-entendidos e otimizando o tempo.
- O feedback é construtivo e aceito: Em um ambiente autêntico, o feedback, seja positivo ou negativo, é percebido como uma ferramenta de crescimento, e não como um ataque pessoal, pois a intenção honesta está clara.
- A segurança psicológica floresce: As pessoas sentem-se à vontade para expressar suas opiniões, fazer perguntas, propor soluções inovadoras e até mesmo admitir erros, sem o medo de retaliação ou julgamento.
- A confiança é construída organicamente: A coerência entre discurso e prática gera credibilidade. Saber que você pode confiar na palavra e na intenção do outro é o alicerce para equipes e relações corporativas robustas.
Dissimulação: A Máscara que Destrói Pontes
Em contraste, a dissimulação é a arte de esconder as verdadeiras intenções, emoções ou informações. Ela pode se manifestar de diversas formas: a omissão de fatos cruciais, o “sim” dito sem convicção, o elogio forçado, as promessas vazias, ou a busca por ganhos pessoais às custas da verdade. A dissimulação, consciente ou inconsciente, tem um efeito corrosivo:
- A comunicação torna-se ambígua e tóxica: As mensagens são frequentemente enviesadas, incompletas ou evasivas. O ambiente se enche de boatos, especulações e sussurros, pois as pessoas tentam preencher as lacunas deixadas pela falta de transparência.
- O feedback perde seu valor: Quando há dissimulação, o feedback (seja ele dado ou recebido) é visto com ceticismo. Por que acreditar no que o outro diz se ele pode estar escondendo algo?
- A segurança psicológica desaparece: O medo de ser enganado ou de expor suas fraquezas em um ambiente dissimulado leva as pessoas a se fecharem. A inovação estagna, e a colaboração genuína se torna rara.
- A confiança é pulverizada: Cada ato de dissimulação, por menor que seja, é como um tijolo retirado do muro da confiança. Uma vez quebrado, esse muro é extremamente difícil de reconstruir, impactando a moral, a produtividade e a retenção de talentos.
Exemplos no Mundo Corporativo: A Autenticidade que Constrói e a Dissimulação que Destrói
Para ilustrar o impacto desses comportamentos, vejamos dois cenários:
Cenário 1: Autenticidade Salvando um Projeto Crítico
- A Situação: Uma startup de tecnologia está prestes a lançar um novo produto, e o prazo é apertadíssimo. Durante os testes finais, o gerente de produto, Ana, descobre um bug crítico que pode comprometer a funcionalidade principal. Corrigir isso exigiria adiar o lançamento em pelo menos duas semanas, o que representaria uma perda financeira significativa e frustraria os investidores.
- A Ação Autêntica: Ana decide não esconder o problema. Em vez de tentar “contornar” ou minimizar a questão, ela convoca uma reunião com a diretoria e a equipe principal. De forma direta e transparente, ela apresenta o bug, seus impactos potenciais, o tempo estimado para correção e propõe um plano de contingência para gerenciar a comunicação com os stakeholders.
- O Impacto: Inicialmente, há frustração, mas a autenticidade de Ana desarma qualquer reação defensiva. A diretoria, confiando na honestidade dela, apoia a decisão de adiar. A equipe, vendo a transparência do líder, se sente mais engajada em corrigir o problema e trabalhar em conjunto para minimizar o atraso. A comunicação é aberta, o planejamento é ajustado e, embora o lançamento seja adiado, a confiança interna é fortalecida, e o produto final é de alta qualidade, garantindo a satisfação do cliente a longo prazo.
Cenário 2: Dissimulação Derrubando um Departamento
- A Situação: Um departamento de vendas está enfrentando metas cada vez mais desafiadoras. O diretor, Carlos, teme não atingir os resultados e ser responsabilizado. Ele começa a repassar metas irrealistas para sua equipe, prometendo bônus generosos que sabe que a empresa não terá condições de pagar, e maquiando relatórios internos para mostrar um desempenho melhor do que o real.
- A Ação Dissimulada: Carlos evita conversas diretas sobre as dificuldades. Ele usa frases ambíguas como “Estamos no caminho certo” ou “Ajustes serão feitos”, enquanto, secretamente, pressiona a equipe por resultados impossíveis. Ele manipula os dados e evita discussões francas sobre as estratégias falhas.
- O Impacto: A equipe de vendas, percebendo a desconexão entre o discurso de Carlos e a realidade, começa a se desmotivar e a desconfiar dele. Os bônus prometidos não chegam, os relatórios “maquiados” acabam sendo desmascarados em auditorias internas. A comunicação interna se transforma em um jogo de “quem sabe o quê”, com fofocas e insatisfação generalizada. A confiança no departamento e na liderança de Carlos é destruída. A produtividade cai drasticamente, o turnover aumenta, e o departamento se torna um poço de problemas, eventualmente resultando em uma reestruturação drástica e demissões.
Cultivando a Autenticidade para Fortalecer a Confiança
A autenticidade não é apenas uma característica pessoal; ela é uma competência comportamental que pode ser cultivada e medida. Empresas que compreendem o poder da confiança como um pilar estratégico investem em:
* Liderança pelo Exemplo: Líderes que demonstram vulnerabilidade e transparência inspiram seus times a fazer o mesmo.
- Cultura de Segurança Psicológica: Criar um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para serem elas mesmas e para falar abertamente, sem medo de retaliação.
- Canais de Comunicação Abertos: Estabelecer mecanismos para feedback honesto e direto, tanto de cima para baixo quanto de baixo para cima.
Mas, como líder, você sabe como andam esses níveis de autenticidade e confiança na SUA empresa? Você tem clareza sobre onde estão os gargalos de comunicação e as fontes de dissimulação que podem estar drenando a energia e os resultados da sua equipe?
A verdade é que a autenticidade não é apenas uma virtude moral; ela é um imperativo estratégico. Em um mundo corporativo cada vez mais complexo, a capacidade de se comunicar com clareza, baseada na confiança mútua, é o que distingue as organizações que prosperam daquelas que se perdem no labirinto da dissimulação. Cultivar a autenticidade é investir na performance, na inovação e no bem-estar de todos.
Ferramentas como o Startrust, que a Antares Talentos aplica, oferecem insights profundos sobre a dimensão da Autenticidade e outras oito dimensões críticas (como Perdão, Foco, Empatia, Responsabilização, Coerência e Fé, entre outras) que estão sendo apresentadas nesta série de artigos. Elas permitem que indivíduos e organizações compreendam seus padrões de comportamento e desenvolvam um plano de ação para construir uma base de confiança inabalável.
Sua empresa está pronta para desmascarar a dissimulação e impulsionar a autenticidade?
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