Continuamos a nossa série de artigos que mostra como existe muito mais coisas do que poderíamos imaginar quando o assunto se trata de CONFIANÇA.
Na série de artigos que explora as dimensões da confiança, conforme o modelo do Startrust, mergulhamos inicialmente no Eixo da Consciência e sua Orientação Interna, analisando como aspectos como Ceticismo vs. Fé, Autenticidade vs. Dissimulação e Rancor vs. Perdão moldam nossa realidade e capacidade de agir. Recentemente, começamos a desvendar o Eixo da Conexão (Âmbito Externo) com a Empatia vs. Indiferença. Caso tenha perdido algum desses artigos veja nas nossas publicações anteriores.
Dando continuidade ao Eixo da Conexão e sua Orientação Externa, hoje abordaremos uma das dimensões mais impactantes no nosso presente: o Foco e sua antítese, a Dispersão. É o foco que determina a força com que enfrentamos os desafios do agora, sem nos perdermos na infinidade de distrações – sejam redes sociais, atividades sem propósito ou medos desnecessários. A dispersão, por outro lado, nos imobiliza, mina nossa capacidade de agir sobre o que é importante e, consequentemente, afeta a confiança que os outros depositam em nós e, crucialmente, a nossa autoconfiança.
Foco: A Força que Impulsiona o Presente
O Foco pode ser definido como a capacidade de concentrar a atenção e a energia em uma única tarefa, objetivo ou meta, excluindo distrações e priorizando o que é essencial. É a disciplina de permanecer na rota, direcionando nossos recursos para aquilo que verdadeiramente importa no momento presente.
Dispersão: O Ruído que Paralisa o Presente
A Dispersão, por sua vez, é a incapacidade de manter a atenção concentrada, resultando em interrupções constantes, multitarefas ineficazes e uma constante mudança de prioridades. É a tendência a se perder em detalhes irrelevantes, em atividades de baixo valor ou simplesmente em divagações mentais, desviando-se do objetivo principal.
No contexto do Startrust, o foco é a dimensão que assegura que estamos no controle do nosso presente, permitindo-nos avançar e construir de forma consistente.
Como o Foco Gera Confiança
O foco é um gerador de confiança em múltiplos níveis:
1. Autoconfiança: Ao conseguirmos focar em uma tarefa e vê-la concluída com sucesso, experimentamos uma validação interna poderosa. Cada objetivo alcançado, por menor que seja, reforça nossa crença em nossa própria capacidade de realizar. A consistência do foco leva à disciplina, e a disciplina leva a resultados, que por sua vez alimentam a autoconfiança. Quando nos vemos parados ou perdidos, a autoconfiança é a primeira a ser abalada.
- Confiança dos Outros: Pessoas focadas são percebidas como confiáveis. Elas cumprem prazos, entregam resultados, e suas ações são consistentes com suas palavras. Seja a família, os clientes ou os colaboradores, todos dependem da capacidade de foco de alguém para acreditar que um compromisso será honrado. A dispersão, por outro lado, gera desconfiança, pois as promessas não são cumpridas, os projetos não avançam e a percepção é de falta de comprometimento.
Foco em Ação: Alcançando Objetivos e Construindo Confiança
# No Âmbito Pessoal:
* Exemplo de Foco: Imagine alguém que decide aprender um novo idioma. Em vez de estudar um pouco cada dia de forma esporádica e se distrair com redes sociais ou outras atividades, essa pessoa estabelece um plano de estudo diário, com horários fixos e metas claras (ex: 30 minutos de estudo gramatical, 15 minutos de vocabulário, 15 minutos de áudio). Ao seguir essa rotina com foco, ela não apenas aprenderá o idioma de forma eficaz, mas também desenvolverá uma forte autoconfiança em sua capacidade de aprender e de ser disciplinada. Amigos e familiares notarão o progresso e a dedicação, reforçando a confiança nela.
- Exemplo de Dispersão: A mesma pessoa, sem foco, compra um curso de idiomas, mas passa mais tempo navegando pelas redes sociais, assistindo a séries ou se envolvendo em múltiplas outras atividades sem concluir nenhuma. Ela se sente culpada por não progredir, sua autoconfiança diminui, e a meta do idioma fica no esquecimento, gerando frustração. Ela se torna alguém que “começa muitas coisas e não termina nenhuma”, perdendo a credibilidade perante a si mesma e aos outros em relação aos seus objetivos.
# No Âmbito Empresarial:
* Exemplo de Foco: Uma equipe de vendas que foca em um nicho de mercado específico e um objetivo de vendas claro. Em vez de tentar vender para todo mundo ou se distrair com estratégias não testadas, a equipe direciona seus esforços para prospectar e entender as necessidades daquele nicho, aprimorando seu pitch e acompanhando de perto cada lead. O foco no objetivo e na disciplina de vendas leva a um aumento significativo nas conversões. Clientes sentem a expertise e a dedicação da equipe, e colaboradores confiam na liderança que define e mantém o foco, gerando resultados e lucratividade.
- Exemplo de Dispersão: Um gestor de projetos inicia cinco projetos ao mesmo tempo, sem priorização clara, dividindo sua atenção e a da equipe em mil direções. As reuniões são constantes, mas pouco produtivas, as tarefas se acumulam e os prazos são perdidos. A equipe se sente sobrecarregada e desmotivada. Clientes ficam insatisfeitos com a falta de progresso e de entregas. A empresa perde dinheiro com projetos inacabados e a imagem da liderança e da própria empresa é arranhada, gerando uma crise de confiança interna e externa.
Escolha o seu Presente
A capacidade de focar é um dos ativos mais valiosos que possuímos. Ela não apenas nos permite alcançar nossos objetivos, mas também fortalece nossa autoconfiança e a confiança que os outros depositam em nós. No mundo hiperconectado de hoje, onde as distrações são abundantes, a escolha entre foco e dispersão é um ato contínuo de autodisciplina e priorização.
Lembre-se: o seu presente é construído pelas suas ações focadas. A confiança, por sua vez, é o resultado direto da consistência e da entrega que esse foco proporciona.
Como você está gerenciando seu foco hoje? Está construindo ou perdendo a confiança em si e nos outros?
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Mauricio Duarte
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