Se você tem algum negócio ligado ao fornecimento de alimentos, cosméticos e afins, esse artigo é uma dica de como mitigar problemas e até prejuízos financeiros para sua empresa.
Antes de me dedicar totalmente à Antares, trabalhei muitos anos com gestão de qualidade e um dos quesitos mais fortes é o treinamento de colaboradores.
Ignorar essa parte em uma empresa que fornece produtos para consumo humano ou de pets pode ser um grande risco.
Vou compartilhar alguns exemplos para esclarecer isso melhor.
Recentemente num dos treinamentos de atendimento que ministramos numa magnífica pousada de Juqueí, falamos naquele dia sobre o fato de que o conhecimento da composição de pratos é um fator de segurança para o profissional e principalmente para a empresa.
Que os profissionais, mesmo os fora da cozinha, mas que servem os clientes devem ser treinados sobre os componentes da receita e principalmente sobre os riscos inerentes desses itens sobre a saúde das pessoas, especialmente com relação aos alérgicos, coisa que hoje é bastante comum.
No dia seguinte ao ir tomar café da manhã, ao solicitar ao excelente profissional, que havia sido treinado no dia anterior sobre esse quesito, pedi a ele adoçante.
Ele prontamente antes de ir buscar, perguntou-me se eu era intolerante a lactose.
Olhei com curiosidade para ele, pois nunca na minha vida me haviam feito tal pergunta.
E ele me mostrou que a maioria dos adoçantes em saquinho, os pós, contém lactose e é explícito nas informações.
Bingo, aprendeu e colocou em prática.
Detalhe, eles têm adoçantes que não contém lactose.
Segundo caso.
Uma amiga minha intolerante a castanha do Pará foi tomar um café num estabelecimento especializado em cookies. Perguntou a atendente se os cookies possuíam castanha do Pará em sua composição e a resposta foi um categórico não.
Foi só encostar o cookie nos lábios e sentiu uma leve queimação e ao engolir um pequeno pedaço a garganta começou a arder. Ou seja, para quem tem alergia a determinados componentes, saber com exatidão se possui ou não o ingrediente pode ser uma questão de vida ou morte, caso não possua um antialérgico à mão rapidamente.
Após avisar a atendente, chegou à informação de que sim, entre as castanhas a bendita estava no meio.
O incômodo durou algumas horas, mas a cliente teve que sair imediatamente do estabelecimento em busca de uma farmácia para conseguir um antialérgico.
Resultado da história, um lábio inchado e um monte de gente sabendo pelas redes sociais o que aconteceu e da falta de treinamento da colaboradora do estabelecimento.
O terceiro foi de uma empresária que viu uma postagem sobre o seu estabelecimento, falando bem de um bolo de frutas com diversas delas as quais a empresária desconhecia.
Indo mais a fundo na história, ela descobriu que uma cliente havia perguntado a atendendo o que tinha no bolo, no que foi prontamente respondida com uma fórmula mirabolante, mas irreal.
Se a pergunta fosse com relação a uma pessoa alérgica, o bicho iria pegar.
Em resumo, treinar, informar, dar ciência dos perigos e do porquê essas informações são passadas, pode significar um sossego para sua empresa com relação as más impressões por redes sociais, bem como a segurança de não sofrer um processo por parte de alguém que possa vir a passar mal com um produto fornecido.
Informação é poder, mas também segurança.
Pare para verificar a sua linha e onde residem os perigos, pense nas partes interessadas e proteja-se.
Comente aí se já passou por uma situação dessas ou conhece alguém que já tenha passado.
Se precisar de treinamento, a Antares Talentos está aqui para isso.
Até a próxima
Maurício Duarte