Minha mãe sempre me disse que se conselho fosse bom não se dava, vendia.
Há alguns meses falei em um dos posts sobre as consequências da falta de levantamento de estresse nas empresas.
Aconselhei na época que alguma coisa fosse feita, desobedecendo minha querida mãe.
Caso não tenha visto, segue os links abaixo:
https://www.linkedin.com/pulse/vamos-falar-um-pouco-sobre-estresse-mauricio-duarte
https://www.linkedin.com/pulse/avaliar-o-estresse-em-busca-de-um-resultado-brilhante-mauricio-duarte
Esse levantamento visava em primeiro lugar, detectar e tratar as fontes de estresse advindas do trabalho, obviamente em benefício do trabalhador e de sua saúde mental.
Mas, também de suma importância, oferecer evidências de que a empresa tomou providências para o levantamento e o tratamento da situação, conseguindo comprovar a sua ação efetiva em casos de reclamações trabalhistas advindas de doenças ocupacionais provocadas pelo estresse.
A pandemia trouxe uma série de problemas e da aceleração dos níveis de estresse por vários motivos, desde o isolamento, as incertezas pela continuidade do trabalho ou pela falta dele.
Posteriormente, essas questões, mesmo não estando resolvidas, foram aceleradas pela volta ao presencial e todas as mudanças ocasionadas, seja pela redução de equipes ou pelas mudanças operacionais que tiveram que ocorrer.
Creio que muito pouca gente tenha levado a sério, mas hoje me deparo com a seguinte notícia num site da minha região de residência.
Nº de processos sobre doenças ocupacionais sobe 31% na Justiça do Trabalho, diz TRT-15; entenda formas de prevenção.
O número de processos relacionados a doenças ocupacionais aumentou 31,8% no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), com sede em Campinas (SP). De acordo com a instituição, que abrange 95% do território do estado de São Paulo, o índice saltou de 4,7 mil ações para 6,2 mil em um ano.
As doenças ocupacionais acontecem quando o trabalhador desenvolve algum problema de saúde por conta do ofício que exerce, sejam físicos ou mentais.
Diz a reportagem que, “uma mulher que trabalhou cinco anos como auxiliar administrativa afirmou que desenvolveu depressão, ansiedade e crises de pânico por conta do tratamento que recebia no trabalho. Segundo a funcionária, que não quis se identificar, relatou que era xingada, tratada como incompetente, e maltratada pelos superiores”.
Se alguém acha que esse tipo de resposta poderia ter sido conseguida por uma simples pesquisa de clima organizacional, se engana.
As pesquisas de clima aglomeram informações as tratam pela média.
Uma pessoa pode estar se estressando pelo fator supervisor imediato, enquanto outro pode ter seu maior índice em mudanças organizacionais.
Alguns podem estar bem mal pela demanda de trabalho enquanto outro pode achar que não está sendo reconhecido pelo fator esforço recompensa.
A vantagem de se promover uma pesquisa de Quociente de Estresse é saber individualmente onde o problema deve ser atacado, mas fundamentalmente, se muita gente está sofrendo pelo mesmo motivo, aí sim a política tem que ser mudada com urgência.
São seis fatores de estresse no trabalho que o Quociente levanta, a saber
DEMANDAS DO TRABALHO, EQUILÍBRIO ESFORÇO/RECOMPENSA, CONTROLE, MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS, SUPERVISOR IMEDIATO, APOIO SOCIAL, SEGURANÇA NO TRABALHO.
Cada colaborador tem a tendência de sentir de forma diferente cada um deles, e a partir do momento em que responde, de uma forma individualizada, segura e pessoal, tem sua pontuação determinada dependendo de suas respostas e sentimentos.
As questões são feitas de forma alternada por assuntos, de forma a não direcionar as respostas de forma positiva ou negativa referente ao assunto perguntado.
No final uma pontuação é definida com a seguinte pontuação:
0-20 = Pouco ou Nenhum Estresse, 21-40 = Baixo Estresse, 41-60 = Estresse Elevado, 61-80 = Estresse Significativo, 81-100 = Estresse Severo.
Tendo essa pontuação é possível se tomar medidas pontuais ou globais a respeito dos assuntos, sem expor o colaborador e de uma forma extremamente assertiva se comparada a uma pesquisa de clima organizacional.
Quer mais, de uma forma muito mais econômica do que ter se arcar com as agruras e os custos de um processo trabalhista que pode ser evitado ou na pior das hipóteses, muito melhor defensável, já que há evidências da atuação da empresa na busca das causas e soluções.
Quer saber mais a respeito?
Entre em contato com a Antares Talentos, estamos a sua disposição e gostaríamos muito de atendê-lo.
Até a próxima
Maurício Duarte