Recentemente vi uma reportagem sobre um grande movimento nos EUA de demissão voluntária chamada de GREAT RESIGNATION ou a Grande Renúncia, e a enorme quantidade de pessoas que estão aderindo a isso.
Se nos EUA podem estar sobrando vagas, no Brasil as coisas não são tão fáceis assim para arrumar um emprego que tenha uma remuneração minimamente interessante. Porém o movimento existe aqui também.
Por que então as pessoas estão pedindo demissão sem terem uma nova colocação? O que faz uma pessoa pedir demissão mesmo sem ter a segurança de arrumar um outro emprego em curto espaço de tempo?
Primeiro vamos entender o movimento:
A “Grande Renúncia” é uma expressão utilizada para descrever um fenômeno em que um grande número de trabalhadores decide deixar seus empregos ao mesmo tempo, geralmente em um curto período.
O termo “Grande Renúncia” ganhou popularidade durante a pandemia da COVID-19, quando muitos trabalhadores começaram a repensar suas prioridades e valores em relação ao trabalho.
Muita gente foi colocada em Home Office de repente, sem aviso.
Se para uns foi uma benção, para outros foi um grande tormento, mas indiscutivelmente todos puderam perceber as mudanças nas condições de trabalho e encontrar nessa nova situação prós e contras.
Quando a situação foi resolvida de forma segura, as empresas chamaram os colaboradores de volta e foi exatamente aí que o movimento se acelerou.
É importante notar que a “Grande Renúncia” não é apenas um fenômeno restrito a uma região específica, mas sim um conceito que pode se aplicar em diferentes países e contextos econômicos. Esse movimento pode ter impactos significativos nas dinâmicas do mercado de trabalho e exigir que as empresas repensem suas estratégias de retenção de talentos e satisfação dos funcionários.
Quais os motivos?
O movimento de demissão voluntária, mesmo sem ter uma nova colocação garantida, pode ser motivado por uma série de razões pessoais e profissionais. Algumas das principais razões que levam as pessoas a tomarem essa decisão pode estar relacionada a diversos fatores e motivações individuais que incluem:
Insatisfação no trabalho atual: Muitas vezes, a pessoa pode estar insatisfeita com seu trabalho atual devido a diversos fatores, como falta de crescimento profissional, ambiente de trabalho tóxico, conflitos com colegas ou líderes, flexibilidade de horários ou falta de alinhamento com os valores e propósito da empresa. Essa insatisfação pode ser tão grande que a pessoa prefere arriscar a demissão em busca de uma maior qualidade de vida e realização profissional.
Busca por um novo propósito: Alguns indivíduos optam por deixar seus empregos sem uma nova colocação garantida porque desejam explorar novas oportunidades e trilhar um caminho profissional mais alinhado aos seus valores, paixões e interesses. Eles podem estar em busca de uma carreira mais significativa e gratificante, mesmo que isso signifique enfrentar um período de incerteza.
Busca por realização pessoal: Muitos profissionais sentem a necessidade de se dedicarem a projetos pessoais, empreender ou explorar outras áreas de interesse que não foram possíveis enquanto estavam empregados. A busca por um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional também pode motivar essa decisão.
Fatores pessoais: Questões pessoais, como saúde, mudança de cidade ou país, cuidado com a família ou até mesmo a busca por um período sabático, podem levar alguém a pedir demissão sem uma nova colocação imediata.
Empreendedorismo: Alguns profissionais decidem empreender e iniciar seus próprios negócios, e essa jornada muitas vezes começa com a demissão voluntária. Essa decisão pode ser impulsionada pela busca de autonomia, desejo de construir algo próprio e maior flexibilidade para tomar decisões.
Mudança de carreira: Alguns profissionais desejam fazer uma transição de carreira, buscando novas oportunidades em um campo completamente diferente do que estão atualmente. Essa mudança pode requerer tempo para o estudo, formação e busca de novas oportunidades.
Segurança financeira: Algumas pessoas optam pela demissão voluntária porque têm uma reserva financeira que lhes proporciona uma segurança para enfrentar um período de transição sem renda fixa. Elas podem ter economizado um valor significativo ou recebido uma indenização que lhes dá a confiança para arriscar uma mudança de carreira.
Pessoas que têm uma reserva financeira que lhes permite enfrentar um período sem emprego podem se sentir mais seguras para pedir demissão sem uma colocação imediata.
Crença na empregabilidade: Algumas pessoas têm confiança em suas habilidades e experiências, acreditando que conseguirão encontrar um novo emprego rapidamente.
Burnout e saúde mental: O esgotamento profissional, conhecido como burnout, é um problema crescente em muitas indústrias. Alguns profissionais optam por sair do emprego sem uma nova colocação para priorizar sua saúde mental e evitar danos maiores.
Oportunidades no mercado: Em alguns casos, as pessoas podem perceber que existem oportunidades promissoras no mercado de trabalho, mesmo sem uma nova oferta de emprego garantida. Elas acreditam em suas habilidades e na demanda por seus conhecimentos, tornando a decisão de sair do emprego atual menos arriscada.
É importante destacar que pedir demissão sem uma nova colocação requer uma análise cuidadosa da situação financeira e um plano de ação para o período de transição. Nem sempre essa decisão é fácil e pode envolver alguns riscos, mas para muitos, a possibilidade de alcançar maior satisfação e realização profissional supera esses desafios.
Mas atenção:
É importantíssimo também que a pessoa tenha autoconhecimento suficiente para saber quais são seus melhores talentos, pontos de melhoria e principalmente seus motivadores antes de se lançar nessa empreitada.
Esse conhecimento profundo permite que essa pessoa procure por novas oportunidades que atendam aos seus anseios de um lugar melhor, onde seus motivadores principais sejam atendidos pelo menos em parte, de forma a transformar a nova experiência em algo que valha a pena ter corrido o risco e a atitude de abandonar o emprego anterior.
A falta de conhecimento sobre si mesmo pode levar a atitudes onde, a troca pode ser 6 por 4 e não 6 por meia dúzia.
Cada indivíduo deve avaliar suas circunstâncias pessoais e profissionais antes de tomar uma decisão tão significativa.
Caso queira saber mais como conseguir seu mapa de comportamentos, de talentos e motivadores com rapidez e segurança, fale conosco.
A Antares Talentos está pronta para atendê-lo.
Até a próxima
Maurício Duarte