Mães, cuidado: há uma distração perigosa na palma das mãos!
Sim, quero falar sobre o celular.
Vou descrever uma cena, talvez já tenha presenciado algo semelhante….
Restaurante, hora do almoço durante a semana, grupo de adultos reunidos e, dentre estes, uma mãe com uma menininha de uns 3/4 anos. A pequena quer explorar o restaurante e, até pela idade, não deseja ficar sentada à mesa. O que a mãe faz? Entrega o celular para que a pequena se entretenha. Durante um tempo, a pequena fica absorta na tela e ‘dá sossego’ à mãe.
A tecnologia é parte de nossa realidade e pode, sim, ser parte da realidade de uma criança. Não vou entrar no mérito de tempo de tela ditado pela Sociedade de Pediatria e etc…mas quero chamar a atenção sim, do papel da mãe na escolha da tecnologia como acessório de entretenimento.
Antes de existir celular, eu levava massa de modelar, giz de cera, papéis de desenho, revista passatempo para entreter os filhos quando eu precisava levá-los a restaurantes para encontros de adultos. Tem hora que não temos com quem deixar as crianças e eles nos acompanham para todo lado. Hoje, o celular é um forte aliado nesses momentos.
Qual o risco? Vou explicar.
Na cena que comecei a descrever – e que presenciei – a mãe entregou o celular para a filha e, em nenhum momento, houve um olho-no-olho com a menininha. A mãe abriu o aplicativo, clicou para iniciar e entregou à filha sem dirigir uma única palavra a ela e sem olhar nos olhos. Além disso, em determinado momento, a menina pediu para comer alguma coisa. A mãe colocou arroz e feijão no prato da criança, entregou a colher e pronto. E, quando a menina precisou de ajuda, fez o ‘aviãozinho’ para ajudá-la, mas sem olhar nos olhos.
Veja que estou enfatizando o momento olho-no-olho, porque esse é o momento de elo. Se nos habituarmos a olhar nos olhos só para dar broncas ou orientações sérias, qual a relação que seu filho terá com você?
Um filho aprende por leitura de corpo, emoções expressas no tom de voz, no olhar, … aprende pelo toque. Nossas palavras, inicialmente, são menos importantes. Elas permanecem na memória da criança mas, o mais importante, é o tom de voz e o corpo que fala essas palavras.
Precisa usar o celular para entreter seu filho? Ok, mas defina tempo e, antes de mais nada, diga a ele: preciso de um tempo para dialogar com essas pessoas e, como sei que aqui não é o local mais adequado para você estar neste momento, peço que se distraia com o celular. Deixe claro que você não está se esquivando de dar atenção ao seu filho.
Em qualquer outro momento que não demande a necessidade de seu foco em outra pessoa que não seu filho, seja o ‘entretenimento’ do seu filho. A hora de comer, do banho, de arrumar o cabelo, a hora de dormir, no parque, … esteja com seu filho, de corpo e alma. Esse é o modo mais eficaz de ensiná-lo o valor do vínculo.
Permitir que o hábito do uso de celulares (ou tablets) se torne corriqueiro, pode contribuir para o desaparecimento da comunicação em família e, consequentemente, da união entre pais e filhos.
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Sabe aquilo que você sempre quis perguntar, mas não tinha para quem?
Agora tem!
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